Cemitério dos Prazeres, Lisboa
O cemitério dos Prazeres surgiu em 1833 para responder à epidemia de "cólera morbus" e passou para a administração municipal em 1833, na sequência de legislação que tornava obrigatório o sepultamento em espaços exclusivamente destinados a esse efeito. Foi inaugurado pouco antes do cemitério do Alto de São João, devendo cada um servir a parte ocidental e a parte oriental da cidade, respetivamente. Os Prazeres é, assim, o cemitério público mais antigo da cidade, pois apesar de ser precedido pelo cemitério da Ajuda, este começou por se destinar exclusivamente a funcionários da Casa Real.
No cemitério é possível observar monumentos de autores anónimos lado a lado com peças de arquitetos de renome e trabalhos de alguns dos nossos maiores escultores. Encontram-se no espaço várias obras de interesse, incluindo o primeiro nu instalado num espaço público em Portugal e o cenotáfio de Alexandre de Sousa Holstein (pai do 1º Duque de Palmela) por António Canova, esta última no maior mausoléu privado da Europa, o jazigo dos Duques de Palmela. O cemitério possui ainda a maior concentração de ciprestes na Península Ibérica. Na capela principal estão as antigas salas de autópsias, onde foram realizadas as primeiras autópsias em Portugal.
Com a finalidade de promover todo este património junto do público, a Câmara Municipal de Lisboa promove regularmente visitas guiadas e tem assinalados percursos temáticos com os jazigos mais importantes.
Horário: 9h às 18h (17h no Inverno)
Entrada livre
Como chegar: elétricos 28 e 25
Site: Cemitério dos Prazeres
Bem olhado e com a saudade devida.
ResponderEliminarJosé