Tomar
A cidade de Tomar foi fundada em 1159 pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, com a doação do castelo de Cera e das suas terras à Ordem dos Templários, como recompensa pela ajuda na reconquista do território e na formação do novo reino. Por determinação do Mestre da Ordem, D. Gualdim Pais, em 1160 deu-se início à construção do castelo e do Convento de Cristo. De acordo com lendas, a escolha do local para a edificação destas duas estruturas deveu-se a razões místicas e a inspiração divina. No mesmo ano foi também ordenada a construção da Igreja de Nossa Senhora do Olival, a primeira igreja templária em Tomar.
Em 1312 o rei Filipe IV, o Belo, ordenou a prisão e execução dos Cavaleiros Templários em França. Para conservar a riqueza dos Templários em Portugal o rei D. Dinis criou a ordem de Cristo, convencendo também o Papa a autorizar que os Cavaleiros fugitivos da perseguição em França se juntassem à nova Ordem.
Em 1418 o infante D. Henrique tornou-se Mestre da Ordem de Cristo que, sob a sua liderança, tornou-se um dos principais impulsos dos descobrimentos, responsável pelas explorações marítimas do século XV.
Em 1492, com a expulsão dos judeus de Espanha, a cidade prosperou significativamente ao acolher os refugiados. A sua experiência foi fundamental para o sucesso das rotas comerciais com África. Porém, pressionado por acordos com os reis de Espanha, passados poucos anos D. Manuel I decretou que, passado um período, todos os judeus deveriam converter-se ao cristianismo ou abandonar o reino. Não querendo perder os conhecimentos e capital judeus, durante muitas décadas a coroa permitiu que os judeus não fossem incomodados desde que se declarassem nominalmente cristãos, situação que terminou com o estabelecimento da Inquisição no Reino. Com a fuga de milhares de judeus e a perseguição dos seus artesãos e mercadores, a cidade de Tomar entrou em declínio.
Com o decorrer do tempo o Castelo e o Convento perderam importância à medida que a própria Ordem de Cristo perdia poder e objectivo. Em 1834, com a extinção das ordens religiosas em Portugal, os edifícios foram secularizados. Foram classificados como monumentos nacionais em 1907 e Património da Humanidade, pela UNESCO, em 1983.
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