Palácio Foz, Lisboa
O Palácio Foz, inicialmente conhecido como Palácio Castelo Melhor, começou a ser construído no século XVIII, depois do anterior palácio do Marquês de Castelo Melhor ter sido destruído no terramoto de 1755. A construção do palácio foi interrompida com a morte do Marquês e apenas retomada em 1846, sendo finalmente inaugurado em 1858. Porém, a família acabou por residir pouco tempo no imóvel, que foi vendido a Tristão Guedes- mais tarde distinguido com o título de Marquês da Foz e dando assim ao Palácio o nome pelo qual é conhecido.
Enquanto proprietário do palácio Tristão Guedes deu início, em 1889, a uma remodelação profunda, inspirada na arquitetura francesa do século XVIII. Surgem assim a famosa escadaria nobre em estilo Luís XIV, a sala dos espelhos em estilo Luís XV, embelezada com frescos de Columbano Bordalo Pinheiro (depreciativamente adjetivados como o infanticídio da pintura), e uma sala estilo Luís XVI pintada por José Malhoa.
Passados alguns anos o Marquês da Foz deparou-se com problemas financeiros e o Palácio Foz, bem como todo o seu recheio, foram leiloados em hasta pública. O Palácio foi então destinado a fins comerciais, localizando-se aí, entre outros, o cabaré e casino ilegal Maxim's, a Pastelaria Foz, a sede do Sporting Clube de Portugal e o famoso restaurante Abadia. Este último situava-se na cave e era usado pelo Clube dos Macavencos para as suas reuniões secretas, de inspiração maçónica. A sua decoração, no estilo neogótico e neomanuelino, está assim repleta de elementos simbólicos, incluindo as dezasseis efígies dos "Macavencos". Das reuniões resultou, inclusivamente, um livro escrito por Francisco Grandella, intitulado "Memórias e Livro de receitas dos Macavencos".
Mais tarde o palácio foi usado pelos Serviços de Informação do Estado Novo, existindo no jardim um quadrado negro sobre o qual estaria uma estátua em bronze de Oliveira Salazar, visível para quem passava pela Praça dos Restauradores.
Atualmente o Palácio é ocupado por uma esquadra da PSP vocacionada para o atendimento de turistas, pelo Museu Nacional do Desporto, que ocupa a antiga biblioteca, pela Cinemateca Júnior e por um Posto de Turismo. Ocasionalmente realizam-se recitais de música na sala dos espelhos.
Como visitar: reservaspalaciofoz@sg.pcm.gov.pt ou 213221200, para marcar uma visita guiada (dê um espaço de uma semana). Cada visita tem um custo de €40, podendo incluir até um máximo de 20 pessoas e sem mínimo. A visita é acompanhada por um simpático guia que, para além da história do palácio, conta uma série de curiosidades. De vez em quando são organizados recitais de música na sala dos espelhos, alguns dos quais gratuitos, que permitem ver uma parte do palácio.
Como chegar: Estação do metro- Restauradores.
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