Marchas Populares de Lisboa

As marchas populares de Lisboa surgiram em finais do século XVIII, inspiradas nas francesas "Marches aux Flambeaux" (marchas de archotes), que se julga estarem relacionadas com as "danças de Entrudo" ou com as comemorações do dia da Bastilha. 
Inicialmente cada bairro organizava a sua marcha, com 30 ou 40 elementos, tendo os archotes sido substituídos por balões de papel coloridos iluminados com velas. Desfilavam sem grandes preparativos, preferencialmente em frente das casas ricas ou dos palácios da nobreza.
Em 1932, para revitalizar o Parque Mayer, alguns núcleos bairristas foram convidados a desfilar e nesta primeira edição competitiva estavam presentes as marchas do Alto do Pina, Bairro Alto e Campo de Ourique, tendo saído vencedora esta última. Dois anos mais tarde desfilaram já doze bairros, integrando cerca de 800 marchantes, do Terreiro do Paço ao Marquês de Pombal. O percurso atual, do Marquês de Pombal aos Restauradores, foi pela primeira vez definido em 1952.
Na década de 70 as marchas entraram em declínio e após a Revolução de abril de 1974 foram mesmo extintas, por estarem conotadas com o regime do Estado Novo. Apenas na década de 80 são revitalizadas, sendo hoje o ponto alto das Festas da Cidade, que se realizam ao longo do mês de junho. As marchas decorrem, todos os anos, no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo António.

Entrada livre
Como chegar: Estações do metro do Marquês de Pombal ou Restauradores. Na noite de 12 de Junho o metro funciona toda a noite.



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